Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30/10/1931; ordenação sacerdotal Rio de Janeiro, RJ, 29/06/1959; ordenação episcopal Rio de Janeiro, RJ, 12/12/1975. Pais: João Gimeno Navarro e Maria do Carmo Etchandy Navarro. Estudos: 1ª à 4ª série – Escolas Públicas (1939-1942) 5ª à 8ª série- Colégio Militar, Rio de Janeiro, RJ (1943-1950) Colégio Militar, Rio de Janeiro: Academia Militar (1951-1952), Agulhas Negras, Resende, RJ; Filosofia e Teologia (1953-1959), Rio de Janeiro; Licenciatura em Filosofia (1971), São Paulo, SP.
Antes do Episcopado
Professor, Prefeito de Estudos e Diretor Espiritual do Seminário Menor de S. José, Rio de Janeiro (1960-1966); Assessor do Secr. Nac. dos Seminários, da CNBB (1964-1971); Assessor do Sec. Nac. das Vocações Sacerdotais (1970-1971); Diretor da Div. de Educação Religiosa, na Secretaria de Educação da Guanabara, Rio de Janeiro (1967-1974); Assessor-Chefe da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro, RJ (1975); Capelão da Irmandade de Santo Antônio de Pádua e Nossa Senhora da Boa Vista (de 1964 até 1981); Coordenador Arquidiocesano de Pastoral (1971-1975).
Como Bispo
Eleito Bispo Titular de Cenae e Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro; Vice-Secretário do Regional Leste 1; Presidente da Com. Reg. do Clero, Leste 1. Transferido para Campos em 29/08/81. Membro do Conselho Fiscal da CNBB. Representante dos Bispos na Comissão Regional de Seminários. Eleito pelos Bispos do Regional Leste 1 para acompanhamento do Ensino Religioso no Estado do Rio, desde 1987.
Divisa: “Gratia et Apostolatu” (Rom. 15,1) (Pela graça e pelo apostolado).
Como Arcebispo
Nomeado Arcebispo de Niterói em 09.05.90, vindo a tomar posse em 02/07/1990. Eleito Presidente do Regional Leste 1 da CNBB (1991-1993 e 1993-1995).
Sempre fiel à doutrina da Igreja, Dom Carlos Alberto, com muita humildade conduzia as suas ovelhas para as quais sempre teve um olhar especial de Bom Pastor. Isso fez com que sempre buscasse estar próximo a elas em todos os momentos de seu ofício, seja nas Visitas Pastorais que fazia, seja nos compromissos a cumprir, seja na Arquidiocese, onde passava o maior tempo de seu dia. Para ele, a celebração de uma Santa Missa só acabava após os cumprimentos aos fiéis, na porta das Igrejas, ato que marcou a vida de todos nós. Outra virtude do Arcebispo, reconhecida, unanimemente por todo o Brasil, era o de ser “poeta maior”, autor de lindíssimas e famosas músicas religiosas desde quando era padre no Rio de Janeiro, dentre as quais: Sobe a Jerusalém, És Maria, Quando seu Pai revelou, Procuro abrigo nos corações, Não sei se descobriste, Sou bom Pastor e Muito alegre eu Te pedi.
A fim de dinamizar as Pastorais da Arquidiocese e dar uma autenticidade maior ao evangelizador leigo, apoiou as pastorais e os movimentos já existentes e diversificou-os para, desse modo, poder dar mais consubstância ao trabalho evangelizador na arquidiocese onde, visando sempre a garantir a assistência espiritual aos seus arquidiocesanos.
Com o clero, fazia questão de, uma vez no ano, viver um período de convivência, período este que proporcionava a manter um laço paternal e familiar com os sacerdotes diocesanos e religiosos que atuam na Arquidiocese, além dos seminaristas.
Ao comemorar o Centenário da Arquidiocese de Niterói em 1992, redimensionou, a partir do método VER, JULGAR, AGIR, promovendo uma maior unidade à vida e missão de nossa Igreja Particular, através do entusiasmo apostólico com que interagiam
Através de sua iniciativa e incentivo, foi lançado em 1991, o primeiro Anuário da Arquidiocese de Niterói além de outras diversas edições que são “o nosso tesouro”, para servirem de subsídio para a Catequese, Catecumenato, Crisma e tantas outras pastorais.
Incansável, foi um grande evangelizador que se fez ouvir propagar através de seus artigos de A Voz do Pastor (semanário) e outros Boletins. Ele era muito voltado para a orientação que se dava aos jovens.
Durante o seu governo, deu-se a criação de 2 Paróquias, a saber: Sant’Ana e Santa Rita de Cássia, em Armação dos Búzios (1997); Santíssima Trindade, na Trindade, município de São Gonçalo (2001), além da Quase-Paróquia de São José Operário, em Jardim Catarina, em São Gonçalo (2002).
Seu Falecimento – “O Arcebispo Dom Carlos Alberto Etchandy Gimeno Navarro faleceu às 06h55min, do dia 02 de fevereiro de 2003, no segundo dia após ter sido submetido a cirurgia de revascularização do miocárdio, vítima de complicações cardiorespiratórias, como choque cardiogênico, cardiopatia isquêmica e infarto agudo do miocárdio”.
Dom Carlos Alberto veio a falecer, coincidentemente no Dia de Nossa Senhora da Luz e da Festa da “Apresentação do Senhor Jesus no templo”, justamente à qual ele se referia na música de sua autoria Sobe a Jerusalém, talvez a mais famosa das suas muitas composições.
Dom Carlos, o 3º Arcebispo de Niterói, faleceu aos 71 anos de idade, no Hospital Santa Cruz e, seu corpo foi transladado no início da tarde, desse mesmo dia, para a Catedral Metropolitana de São João Batista, em Niterói, onde pôde ser velado por todos os fiéis, até a manhã da segunda-feira, dia 03.
Após a Missa Solene de Corpo Presente, celebrada às 10 horas e presidida pelo Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro, Dom Eugênio de Araújo Sales, tendo ao lado o Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, e o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Scheid, concelebrada por 23 Bispos, de várias partes do Brasil, e mais de 100 padres, de todo o Clero da Arquidiocese de Niterói e de outras (arqui)dioceses, religiosos, religiosas e fiéis leigos da Arquidiocese de Niterói e de outras dioceses, seguiu-se o cortejo pela lateral da Catedral até à Capela do Santíssimo Sacramento (na própria Catedral) onde o corpo de Dom Carlos Alberto foi sepultado.
Divisa: “Cum Maria Matre Jesus” (Com Maria Mãe de Jesus). (At. 1,14).